Como comenta o fundador Aldo Vendramin, o manejo sustentável de pastagens em áreas de transição climática tem se tornado uma necessidade urgente para pecuaristas que enfrentam variações extremas de temperatura, períodos prolongados de seca e mudanças nos regimes de chuva. Nessas regiões, onde o clima é instável e os efeitos das mudanças climáticas são mais intensos, adotar práticas sustentáveis de manejo é essencial para garantir a produtividade, conservar o solo e preservar a vegetação nativa. O equilíbrio entre produção e conservação depende diretamente de estratégias adaptadas às condições ambientais locais.
Veja como adaptar sua pastagem às mudanças do clima pode ser o diferencial entre perdas e prosperidade — com estratégias inteligentes que protegem o solo, garantem alimento e fortalecem o futuro da pecuária.
Como o manejo sustentável de pastagens em áreas de transição climática contribui para a resiliência da pecuária?
O manejo sustentável de pastagens em áreas de transição climática fortalece a resiliência da pecuária ao garantir que a pastagem permaneça produtiva mesmo diante de oscilações climáticas severas. Práticas como o pastejo rotacionado, o uso de espécies forrageiras adaptadas e a manutenção da cobertura vegetal contribuem para proteger o solo contra a erosão e melhorar sua capacidade de retenção de água. Com isso, mesmo em períodos de estiagem, os animais continuam tendo acesso a alimento de qualidade.

Outro ponto fundamental destacado pelo empresário Aldo Vendramin, é a conservação da biodiversidade. Ao manter uma cobertura vegetal variada e evitar o superpastejo, o produtor contribui para o equilíbrio ecológico da área, favorecendo o controle natural de pragas e a polinização. Além disso, sistemas de manejo sustentáveis ajudam a manter os ciclos de nutrientes no solo, reduzindo a dependência de insumos externos e promovendo maior autonomia para o produtor.
Quais práticas sustentáveis podem ser adotadas no manejo de pastagens nessas regiões?
Entre as práticas mais recomendadas no manejo sustentável de pastagens em áreas de transição climática estão o planejamento do uso do solo, a rotação de piquetes e a introdução de espécies forrageiras resilientes. O uso de leguminosas, por exemplo, enriquece o solo com nitrogênio, melhorando sua fertilidade natural e aumentando a oferta de nutrientes para as gramíneas. Essa combinação contribui para a formação de um pasto mais denso e nutritivo.
Outra técnica eficiente é o plantio direto de pastagens, que minimiza a exposição do solo e reduz a perda de umidade. Segundo o fundador Aldo Vendramin, essa prática conserva a matéria orgânica e favorece o desenvolvimento de raízes mais profundas, capazes de buscar água em camadas inferiores do solo. O resultado é uma pastagem mais resistente à seca e mais eficiente no uso dos recursos naturais.
Qual é o papel da tecnologia no manejo sustentável de pastagens?
A tecnologia tem um papel estratégico no manejo sustentável de pastagens em áreas de transição climática, especialmente na coleta e análise de dados. Ferramentas como sensores climáticos, imagens de satélite e softwares de monitoramento ajudam o produtor a tomar decisões com base em informações precisas sobre o solo, a umidade e o crescimento das forrageiras. Isso permite ajustes em tempo real no manejo e evita o uso excessivo de recursos.
A agricultura de precisão também oferece alternativas eficientes para mapear as áreas mais produtivas da propriedade, identificar zonas de degradação e planejar a adubação com mais racionalidade. Drones, por exemplo, podem ser usados para avaliar a cobertura vegetal e acompanhar a regeneração das pastagens ao longo das estações, facilitando intervenções pontuais e com menor impacto ambiental.
Em suma, como frisa Aldo Vendramin, o manejo sustentável de pastagens em áreas de transição climática é uma estratégia essencial para enfrentar os efeitos das mudanças no clima sem comprometer a produtividade e a saúde dos ecossistemas. Com práticas bem planejadas, o uso da tecnologia e o respeito às condições locais, os pecuaristas podem transformar desafios ambientais em oportunidades de inovação e crescimento. Promover a sustentabilidade no manejo é, mais do que uma necessidade, um caminho seguro para garantir o futuro da produção pecuária em regiões vulneráveis.
Autor: Valery Baranov